segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Em brigas conjugais temos que meter a colher sim!

Em um domingo calmo, fui visitar uma amiga. Ela também é muito calma e fala muito devagar. 
A família dela é típica:pai,mãe,irmãos...perfeitos.Até eu descobrir que o pai é alcóolatra,trata mal a esposa escravizada e os filhos correm com medo dele.

Chegou em casa,caindo pelos cantos,bêbado!A mulher já estava chorando,todo dia é assim,a conversa animada parou e de repente ouve-se barulhos na cozinha,berço de qualquer conversa e discussão,todos escolhem a bendita cozinha!Cadeiras rolaram pelo chão,tudo foi arremessado com toda força pela fúria da mulher,mas a sua força tornou-se fraca,logo sentiu uma pontada no peito e precisou ser amparada pelas filhas e quem mais estava lá.
Para não tumultuar,tirei a criança que estava no meio daquela cena conjugal terrível,a criança chorava e eu não podendo fazer muita coisa abracei-a e fiquei calada por alguns momentos,enquanto vi o pai bruto ir para o jardim da casa fumar. Eu o olhei enfurecida,mas preferi ficar calada quando a menina calma e sem fala,gritou:-Eu quero um pai de verdade!
Ele respondeu: - Eu vou embora!
Ela gritou mais alto:-Você é um bosta,não um pai!-e bateu na porta com força.Eu quase aplaudi a garota,nunca pensei que ela pudesse ter tanta força.
O pai levantou o braço para reprimi-la pela audácia,ele viu que eu estava lá e baixou o braço;eu já tinha me levantado para salvá-la mas não foi preciso.
A essa altura,a mulher já havia se acalmado com um calmante potente,dormiu.Pelo menos em seus sonhos,ela esqueceria aquela lamentável cena. As filhas choravam descontentes com o fato ocorrido,lembravam de no dia anterior estar todos na sala cantando e sorrindo.
A criança também dormiu em meus braços.O pai não foi embora.Eu deixei o telefone da delegacia da mulher,e que se fosse preciso ligassem,mesmo que doa.
Saí de lá quando elas já tinha arrumado a bagunça da cozinha e estavam calmas.

Esse é o quadro da maioria das famílias que povoam Felipe Camarão e outras adjacências que não tenho conhecimento.É a chamado PATRIARCADO! O pai manda,a mulher e os filhos obedecem sem contestar. Fico triste,pois acredito na democracia e reeducação familiar onde todos tem direito às opiniões.
Uma sociedade igualitária começa em casa.

MARA FARIAS

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O pastoril arrasa!


Cidades
Edição de sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Alfabetização no posto de saúde Unidades vão além de seus serviços de atendimento para contribuir com formação da comunidade
Sílvia Miranda Especial para o Diário de Natal

Diversos projetos sociais desenvolvidos nos postos de saúde de Natal procuram gerar oportunidades para os idosos. A alfabetização da aposentada Cleônia Alves de Oliveira, 69 anos, é o exemplo do trabalho desenvolvido pela Unidade de Saúde da Família Nordelândia, no bairro de Lagoa Azul, Zona Norte de Natal. Cleônia conta que não imaginava que um dia fosse aprender a ler e fazer contas. "Eu já havia estudado em outros lugares, mas os professores não tinham paciência com os idosos e eu acabava me desinteressando. As professoras do posto de saúde são muito pacientes e compreensivas, dessa forma as aulas se tornam bastante prazerosas". O trabalho realizado com Cleônia foi apresentado ontem através da leitura de poemas durante o I Encontro Sobre Saúde e Envelhecimento, promovido pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), no Departamento de Enfermagem da UFRN, em comemoração ao Dia do Idoso (1º de outubro).


Cultura

Durante a programação do encontro, houve apresentação cultural do trabalho desenvolvido pela Unidade de Saúde de Felipe Camarão. É o projeto Promovendo Saúde Através da Cultura que conta com a participação de 110 pacientes, além de cinco profissionais. O trabalho conta com a participação de 62 idosos que dançam, cantam e até fazem graça na dança do pastoril.

"O grupo conta com idosos, adolescentes e crianças que ensaiam uma vez a cada mês. O nosso objetivo é promover a relação entre gerações desmistificando a ideia imposta pela sociedade de que o adolescente não é capaz de se relacionar com o idoso", explica o agente de saúde Rudnilson Cândido, responsável pela coreografia. Segundo ele, essa interação junto aos exercícios físicos que a dança exige contribui para uma melhora na qualidade de vida dessas pessoas. Foi o que aconteceu com a aposentada Geralda Lourenço, 72 anos, que participa do projeto desde a época que foi criado, há cinco anos. "Eu sofria muito com pressão alta e depois da dança nunca mais tive esse problema", acrescenta.

Experiências

De acordo com a secretária adjunta de Atenção Integral à Saúde da SMS, Ilza Carla Ribas, a intenção desse encontro é trazer experiências das unidades de saúde para que elas possam ser adotadas por outras. "Essas políticas são muito importantes para que o idoso possa receber um atendimento melhor. Eles são realizados de forma fragmentada, nossa intenção é apresentá-los aqui para que eles possam atuar de forma segmentada na rede básica de saúde".

Ela destaca o projeto desenvolvido pelo Centro Especializado de Atenção à Saúde do Idoso que se preocupa em trabalhar com as pessoas que cuidam dos idosos.

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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Ser diferente

Sou diferente...
Existo para ser,
Tenho muitas coisas em mente,
Muita coisa que eu quero fazer...

Fazer a diferença é um dom:
Andar de trás para frente,
Viver contente,
Dizer que nem tudo é bom.

Ser diferente é sorrir,
Sorrir para o mundo,
Falar na hora errada
Falar de tudo, falar nada...

Ser diferente é viver com as diferenças,
A vida é feita de diferenças,
de caras,bocas,pensamentos,vivências,
A vida da gente é feita com diferença.

MARA FARIAS