segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Uma vida que se foi


Essa vida tinha 23 anos,estudou com a gente e nos separamos. Depois o contato voltou.Uma ótima amizade;faculdade,novas experiências,alguns noivando,casando,fazendo famílias...Outros em festas,badalações e muita cana!
Naquele sábado, a galera saiu para uma festa, e que festa ótima para quem estava solteiro,muitos gatinhos e gatinhas,e para quem estava afim de curtir,bebida e forró a vontade.
- Vamos embora?-disse uma das amigas enfadada.
- Te levo!-respondeu um amigo aparentemente sóbrio.
- Nós também vamos!-outras duas falaram.
-Então bora!
Eram quase três da manhã.O carro estava em alta velocidade,muitas rizadas e alegria naquele ambiente. De repente um carro fechou a frente deles,com pressa de esperar nosso amigo tentou passar a frente.Os carros bateram,foi uma tragédia,duas das meninas voaram do carro,o motorista e a outra ficaram presos no automóvel...Uma das que voou pra fora abriu a cabeça e logo morreu,essa era a vida de 23 anos e a outra teve fraturas horríveis por todo corpo.
Eu ainda estava na festa e não sabia do que tinha acontecido.O telefone tocou,era uma das meninas que havia ido embora. -Sofremos um acidente!
Saí correndo de lá com mais alguns amigos para ajudá-los.
Quando cheguei no local do acidente,eu não acreditei: A minha amiga havia morrido. Passei um tempo na estrada desesperada,chorando e gritando por essa vida tão impotante na minha. E pensar que só nos abraçamos quando ela saiu da festa. Eu nem disse que a amava. A ambulância chegou,levando as minhas amigas,a polícia já estava lá,fez o teste do bafômetro no motorista,ele tinha ultrapassado o limite de álcool no sangue,estava bêbado e foi preso.
Agora ficaram apenas saudades de uma vida, vítima de mais um acidente causado pelo álcool.
Faço um apelo à quem está vivo: Diga que ama antes que o outro morra e você não saberá mais o que dizer.

MARA FARIAS

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Os bebês não podem esperar!


Essa foi a frase mais dita na passeata que reivindicou a reabertura da maternidade do bairro de Felipe Camarão,que está à cinco meses fechada por questões burocráticas: uma pintura externa.
Esse foi um trabalho da diciplina Saúde e Cidadania (SACI) da UFRN,alunos,população,crianças,agentes de saúde e o PDA,todos juntos por essa causa nobre e urgente. Nessa ocasião,os moradores reclamaram os votos que deram à prefeita Micarla de Sousa, falaram também dos prêmios que a maternidade ganhou,um nacional e outro internacional,como o parto humanizado.
As lideranças do bairro estavam presente e frmaram uma comissão de acordo para falar com os encarregados da prefeita,''pois eu sei que a prefeita não vai dar nem as caras''.Disse um dos moradores do bairro.
As Crianças da Escola Estadual Maria Luíza,saíram em coro com a palavra "ABRE!" e apitando. Foi uma bela manifestação.
No fim,apareceu um certo homem que é contra todo tipo de expressão,um verdadeiro baba ovo das autoridades.Quando ele falou, gritamos: "FORA!". Mas essa é uma batalha que o povo de Felipe Camarão vai travar por muitos anos além de outras.

MARA FARIAS

Cazuza - Quem lembra o quê?

Acabei de assistir o programa semanal da Rede Globo,Por Toda Minha Vida,apresentado por Fernanda Lima.O programa fala da vida dos artistas brasileiros que morreram no alge de suas carreiras.
Hoje,foi a vez de Cazuza. Já falaram muito da vida dele,falaram de suas loucuras,dos seus amores...tudo isso eu já sei.Sei da sua marca de Ultra-romântico e da força que ele teve diante a doença que assustava à todos. Cazuza só é lembrado por esse motivo.Sou fã,não das coisas que ele fazia,era a vida dele,fazia parte do seu eu interior,não temos nada a ver com suas festas,seus amantes,suas farras febris. Eu sou fã da música boa,da música de um poeta brasileiro,que escrevia para brasileiro,Cazuza era um patriota sarcástico,amor ao país mas sem perder o tom jamais. O que dizer daquele tempo?Infelizmente não vivi,meus pais viveram mas não do jeito que eu quis,a lembrança maior é de um louco pulando na televisão,cantando coisas loucas,falando de amor e sexo,pedindo paz e direitos iguais,falando do que ninguém queria falar. Drogas?AIDS?Arruaças?Bebida?LGBT?Por que não?Dizer não à algum desses é convenção e tentar não falar de outros é preconceito! Comparo Cazuza à Geize,a moça do micro-vestido.Ele querendo viver como o vento e Geize querendo ser livre pra vestir o que quiser. Então por que acham lindo o que Cazuza fazia e repugnam o que Geize veste?Só por ele ser famoso?DIREITOS IGUAIS!E as pessoas,com sua ignorância esplêndida não absorvem o respeito ao próximo e matam quem está ao seu lado com preconceito e convenções que foram assinadas por pessoas cheias de por quês!

MARA FARIAS

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Para minha alma gêmea


Cadê você?
Onde você está?
Como é o seu jeito de ser
ou seu modo de falar?
O seu sorriso é torto?
A maneira de olhar
ou suas mãos,
que nem sei como são...

Onde você mora,
Que livro você lê,
O que você quer ser?
Qual é o seu sonho,
O que você vai dizer ao me ver?

Se você aparecer,vai falar,
vai me conhecer ou vai me esnobar?
Queria tanto estar com você,
Mas nem sei onde estás,
Nem sei onde te encontrar.

MARA FARIAS

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Indignação

Eu ando indignada com o mundo,
Eu ando indignada com a vida,
Não acredito nas pessoas,
Não acredito nas verdades mentirosas.

Eu ando triste por essas ruas esburacadas,
Eu sou exilada das informações,
Eles só fazem burradas,
Eles mentem na televisão.

Eu ando de buzão e sou roubada,
Eu ando a pé e ou estuprada,
Eu ando de avião e caio no chão,
Eu não saio mais de casa
e fico presa como ladrão.

Eu faço o bem
E sou ladrão,
Eu cumpro as leis
E sou ladrão!
Todos os anos elejo um ladrão...

MARA FARIAS

domingo, 1 de novembro de 2009

A morte - O Fim o Meio o Começo

No Fim,a gente morre sem saber o que foi a vida
A gente morre sem ter fechado uma dor na vida
A gente morre sem ter vivido um grande amor
A gente morre procurando o que nunca encontrou.

No meio,nos perguntamos porque nascemos,
Por que viemos ao mundo para sofrer,
Por que amamos errado,
Por que não tem ninguém ao nosso lado.

As respostas surgem no começo,
E tudo acaba quando começa,
Tudo começa quando termina.
É que vivemos para morrer
E vamos embora para não sofrer.
Mas sofremos pela morte,
Por quê?
Melhor terminar o que nem iniciei,
Sei que um dia este papel rasgarei,
Então,porque comecei?

MARA FARIAS