segunda-feira, 21 de junho de 2010

O Causo de Marimá

O que se deu foi a alguns anos,
Quando ela era apenas uma garotinha,
Que brincava de bonca e casinha.
A achavam estranha pelo jeito de pensar,
Tentava ser como eles,mas só fazia chorar...

Cresceu alguns centímetros,
Foi para escola,fez amigos,
Aprendeu novos saberes ajudando à construir seus pensamentos.
As brincadeiras mudaram,
Mas as coisas estranhas ficaram.

Seu nome é Marimá,
Esqueci de apresentar.
Essa menina tinha uma amiga especial,
Era uma confidente,
Seu nome,Amélia,a garota sorridente.

Um dia,Amelinha falou de um rapaz,
O que faria,não sabia mais,
Estava noiva de outro rapaz.
Marimá deu a ideia de acabar o noivado,
Melhor que casar forçado.

Amelinha ficou feliz,
Marimá também com a  felicidade dela,
Só que ficou sozinha servindo de cupido
Para a amiga que vai construir uma vida bela,
Ficando com o noivo escolhido.

Outro dia,tia Augusta apareceu: - O que aconteceu?
- Fugi para encontrar meu amor!
- Por quê?Se você é babá do vovô?
- Quero viver uma grande paixão,
E sair dessa solidão!

Descobri o seu enamorado,
Fez os dois se encontrar no lugar marcado,
Ele também estava apaixonado,
Então fugiram,e até hoje não se sabe
de tia Augusta e Seu Adenaro.

E o mais terrível aconteceu...
Teve que ir para a cidade do vovô,
Ficou  no lugar de tia Augusta,
E foi nesta cidade que tudo se deu:

Pegou o primeiro ônibus para Juruá,
Sentou num dos últimos bancos e começou à chorar,
Um rapaz sentou ao seu lado
E perguntou se podia ajudar,
Respondeu "Nada,pare de me encomodar."

A cidade era pequena,
Não tinha cinema nem bar,
Shopping,teatro,nem pegava celular.
Um fim de mundo,
O lugar que ela foi se enfiar...

Chegou na casa do vovô,
Uma verdadeira mansão!
Logo o sonho acabou,
O vovô estava mudo e paraplégico,
Ela teria que dar banho e remédio.

A casa era grande,
Mas ninguém falava,
Só quando ela começava a cantar gritando
Ou chorar para fazer ecoar,
A cidade toda escutava com verdadeiro espanto.

Seis meses se passou,
Marimá cuidando do vovô,
Uma infinita solidão que abrigava o coração,
Mas ele veio à falecer
deixando todo seu dinheiro e mansão.

Marimá descobriu que a fortuna era sua e de tia Augusta,
Mas a tia desapareceu,
Ela resolveu deixar Juruá
Voltar para a cidade de onde nasceu,
E esquecer o pesadelo de morar naquele lugar.

Rica estava naquele momento,
Mas ainda vivia um lamento,
Não tinha namorado
E viveu seis meses num lugar fechado,
Ainda não sabia o que fazer naquele momento.

Pegou o primeiro ônibus de volta,
Novamente sentou no último assento,
Olhou pela janela,lembrou o que passou,
Vovô estava em seu pensamento,
Aquele mesmo rapaz ao seu lado sentou.

Marimá não olha mas percebe sua presença,
Ele a olhava querendo sua atenção,
Depois o olha e pergunta o que deseja,
Ele diz,"Nada,apenas aprecio sua beleza."
Ela o reconhece e pergunta se a persegue.

Seu nome é Dirceu,desde que a viu,nunca a esqueceu,
Trabalhava naquela cidade mas nunca a encontrou por lá
Eles fizeram uma grande amizade depois daquela viagem,
Essa história poderá continua
Se você leitor imaginar o que depois aconteceu!

MARA FARIAS

Um comentário:

  1. E agora?
    Seria Dirceu um amor de Marimá? Ou ele é mais um desses canalhas?
    Vai se saber neh?
    Cabe da cabeça de cada um!!!
    Viva Mara q plantou essa dúvida!!
    Ri muito com esse texto!!!

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