quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Poesia da lágrima caída

Esta noite me rasguei toda em lágrimas
pensei em mil coisas, sair pela estrada,
correr pra longe, me perder...
São lágrimas sem sentido
São lágrimas de dor e vergonha...
tenho vergonha de olhar as pessoas
e sentir que os outros não as veem como eu.
São lágrimas fragmentadas 
São lágrimas nefastas
que me deixam triste.

Eu te vejo e canto pra você estar comigo,
Mas você não sente... Sai, fala de tudo...
mas não senta nem respira,
sai atropelando toda gente,
Você não me enxerga?
Estou do seu lado!
Você não sente?

Venha, olha minhas mãos calejadas,
São marcas de trabalho pesado,
São marcas do mastro que segurei pra você.
Venha, camarada!
Não fortaleça a mentira medonha,
Isso engrandece o outro lado,
O metal bélico que mata
E você ainda não viu
Por correr demais...

É por esse motivo que choro
Nas noites que penso demais,
Penso em você,camarada,
Penso que podemos estar juntos,
E você passa os dias a olhar pela fresta da porta



Mara Farias







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