terça-feira, 24 de setembro de 2013

O POTENGI (VISTO DE FELIPE CAMARÃO)


Lá de cima do morro te vejo brilhando,
águas calmas e escuras no fim da tarde,
sei da tua história natural 
e teu nome lembra o nosso ancestral,
Poti, Rio dos camarões...

O ribeirinho veleja em busca do alimento,
Acorda cedo, antes do sol aparecer
E trabalha até o céu alaranjar,
O ribeirinho observa o mar...

O ribeirinho somos nós, que atravessa a ponte
para o trabalho,para a vida, para o estudo...
a gente perde a voz ao ver aquela fonte...
o vento do entardecer nos deixa mudo...

Para quem nunca viu,
Está perdendo o povo de lá,
É gente como a gente
Trabalhador,jovem,mulher...
É gente vindo de todo lugar,
Você nunca viu o que tem depois da maré?


O POTENGI (VISTO DO OUTRO LADO DA PONTE)

Está em mim, está em você, 

Está em todo lugar,

É a nossa história

O grande rio potiguar.

Os índios aqui viveram 

E foram dizimados,

Os camponeses vieram

E este espaço ocuparam.


Aqui tem muita contradição


Falta MUITO, falta direito,

Mas a gente quer a transformação

Para o trabalhador pesqueiro.

Te vejo Potengi, alimento da população

Eu me vejo no teu espelho

São águas escuras e brilhantes,

O por do sol nos ilumina...

Estar do outro lado da ponte

É saber que a labuta é todo dia.


MARA FARIAS 

*Conhecendo outros lugares...






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