segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

A cara da Poesia


Eu teço uma canção
enquanto faço essa composição.
Eu canto num canto
uma prosa de amor
para encher de encanto
alguém cheio de temor.

Me ponho a voar entre sentimentos alheios,
Estradas,passeios,o mar,
Sinto que entre tantas poesias
nunca saberei amar.
Como conhecedora da vida,
A minha própria não sei cuidar.

Me pergunto:
- como um poeta consegue
fingir um amor que não sente?
Um amor que não existe,
Um amor que ele mente?
Eu não queria ser assim,
Porque o poeta só sabe mentir.

Eu,como poeta,devia ter um amor para amar,
para todos as poesias dedicar,
para  as canções cantar.
Eu devia ter um amor
para sentir a magia da poesia...
Eu devia ter a imagem de alguém
refletida em minhas poesias,
Eu devia me inspirar em alguém,
Mas em quem?

Um poeta não ama,não se apaixona,
Mostra apenas um amor perdido,
algo não correspondido...
Mas gosto tanto de escrever!
porque sei que tem gente que lê,
gosta e declama.
Todos gostam de poesia,
Todos querem amar.
O poeta não sabe amar,
O poeta escreve amor.

E agora,depois de tanto reclamar,
percebo o quanto é lindo do amor falar,
O quanto é bom ver as pessoas se apaixonar por eles,
Pois tudo o que faço tem a Cara da Poesia...

MARA FARIAS



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